terça-feira, 25 de outubro de 2011

Oficinas Corporais em TO


"Pensar o corpo na clínica significa tocá-lo em suas mais diferentes dimensões e entendê-lo como processos que procuram dar formas (sempre transitórias) às intensidades e experiências vividas. Integra-se assim o estudo dp corpo-matéria às questões da vida, às afetações, àquilo que nos mobiliza e produz marcas". (LIBERMAN, 2010)


No dia 16 de agosto, o professor Marcus Vinicius Machado de Almeida nos proporcionou uma aula sobre a importância das oficinas corporais em terapia ocupacional. É preciso conhecer as propriedades corporais e trabalhar a consciência corporal e a expressão.
Segundo Laban, o corpo é visto como o primeiro meio de comunicação do homem em seu processo e contexto evolutivo e propôs que este corpo possui uma linguagem, que pode ser articulada de diversas maneiras e assim produzir diversos significados, sempre reunidos sob a hegemonia do movimento (Miranda). A partir da oportunidade corporal, o terapeuta ocupacional cria possibilidades e roteiros por objetivos para seu paciente, em quatro diferentes níveis:

            * Eu tenho um corpo - desenvolvendo o esquema corporal e a imagem corporal
                                               - trabalhando um lado do corpo de cada vez.
            * Eu me movimento - quando nos movimentamos criamos relacionamentos
                                              mutáveis com alguma coisa, seja um objeto, uma pessoa
                                              ou partes de nosso corpo (Laban).
            * Eu me relaciono.
            * Eu crio.

No desenvolvimento da imagem corporal, todos os estímulos tem que ser significados, ludicamente. Nascemos marcado na significação do corpo pelo outro (Lacan). Inicialmente há uma linguagem simbiótica entre a mãe e a criança. As relações de prazer e afeto são mapeadas pela mãe. A castração desenvolve a própria linguagem corporal.
No desenvolvimento do esquema corporal, trabalha as sensopercepções: exterocepção (cinco sentidos); propriocepção (sentidos de posição e movimento); e interocepção (sensações viscerais). O terapeuta ocupacional estimula os sentidos e orienta a mãe ou o cuidador.


Realizamos uma atividade de propriocepção, utilizando diapasão, colher de pau, escovas, massageador, as mãos.


Em dupla estimulamos um lado do corpo do nosso colega, de cada vez.

A atividade foi bem interessante, possibilitando um relaxamento da parte trabalhada e um conhecimento maior de nosso corpo.




                  

Leitura: Delicadas Coreografias: Apontamentos sobre o Corpo e Procedimentos em uma
            Terapia Ocupacional - Flavia Liberman. Artigo publicado em Cadernos de
            Terapia Ocupacional da UFSCar. Jan-Abr 2010, v.18, n.1, p.67-76.

            ALMEIDA, Marcus Vinicius Machado. Corpo e Arte em Terapia Ocupacional.
            Rio de Janeiro: Enelivros, 2004.

            LIBERMAN, Flavia. Delicadas Coreografias: instantãneos de uma terapia
            ocupacional. São Paulo: Summus, 2008.

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